Um estudo afirma que a expectativa de vida aumenta em quase dois anos no caso dos sexagenários
Por Carolina García
Ter filhos prolonga a vida. Esta é a conclusão de um estudo sueco publicado no Journal of Epidemiology and Community Health em março deste ano. E os pais vivem mais tempo, uma boa notícia para os que comemoram o Dia dos Pais no próximo domingo, 13 de agosto.
Segundo a pesquisa, as mulheres de 60 anos com filhos têm uma expectativa de vida mais longa, de 24,6 anos a mais em comparação com os 23,1 anos extras das que não possuem descendentes. A diferença é ainda maior entre os homens. Estes, também na casa dos 60 anos, contam com 20,2 anos a mais de expectativa de vida do que aqueles que não têm filhos, que, neste caso, seria de 18,4 anos, ou seja, quase dois anos a menos. A amostra da pesquisa se baseou em 1,4 milhão de suecos nascidos entre 1911 e 1925.
O objetivo do estudo era descobrir se o apoio dos filhos adultos aos pais idosos é importante para a saúde e longevidade de seus progenitores. Outra meta era estimar a associação entre ter filhos e o risco de morte, analisando se este aumenta com a idade ou quando a saúde começa a se deteriorar, e a necessidade de apoio de um familiar aumenta.
Além de analisar a idade, os pesquisadores levaram em conta fatores como estado civil, nível de escolaridade e o número e gênero dos filhos. Embora estudos anteriores tivessem indicado que pais que têm filhas vivem mais, uma nova pesquisa concluiu que não há diferença clara entre os sexos em termos de expectativa de vida.
Os pesquisadores também decidiram avaliar se viver perto de um filho tem um efeito positivo sobre a expectativa de vida. Embora os resultados não tenham sido conclusivos, “de fato parece que os pais sexagenários que moram mais de 30 minutos de carro da casa dos filhos têm menos probabilidade de morrer do que aqueles que vivem mais perto”. Embora possa parecer subjetivo, os autores concluíram “que os filhos com ensino superior, que ajudam mais seus progenitores, costumam viver mais longe dos pais”. Dado que não se repete em todos os países.
Os resultados da pesquisa são puramente observacionais e não podem ser usados como uma ligação direta entre ter filhos e longevidade. “É uma realidade que muitos filhos adultos também ajudam os pais de uma forma física, emocional e social. Mas, se entendermos o que os filhos podem oferecer a um pai idoso, seremos capazes de fornecer apoio semelhante aos adultos que não têm descendentes”, concluem.
Fonte: El País
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