Técnica combina laser e ultrassom e pesquisadores esperam a liberação da Anvisa; 300 pacientes passaram pelos testes.
Pesquisadores desenvolvem tratamento para ajudar pacientes com artrose
Pesquisadores da Universidade de São Paulo desenvolveram tratamentos que já estão melhorando a saúde das pessoas. Em São Carlos, eles testaram uma técnica nova para quem sofre de artrose.
É tudo muito simples: só encostar o aparelho na região inflamada e pronto.
“É uma beleza. Não dói nada, não sente nada”, disse a aposentada Carmen Zaninetti.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, quase 50 milhões de brasileiros têm artrose, inflamação que provoca o desgaste da cartilagem dos ossos e não tem cura.
Hoje o tratamento da artrose é feito com remédios associados a terapias complementares. É comum usar só o laser ou só o ultrassom. Mas, pela primeira vez, os cientistas combinaram as duas técnicas ao mesmo tempo. E não é que deu certo?
O tratamento convencional leva em torno de quatro meses para apresentar resultados. Já o novo aparelho em 20 dias pode aliviar as dores.
“O ultrassom são ondas mecânicas, agitação mecânica que já tradicionalmente consegue algum efeito. O laser também por ações fotoquímicas. E foi surpresa para a gente que a combinação dos dois tenha um efeito conjunto muito, muito maior do que cada um individualmente”, afirmou o pesquisador Vanderlei Bagnato.
O equipamento foi criado no Instituto de Física da USP. São duas aplicações por semana, 15 minutos por sessão; 300 pacientes passaram pelos testes na Santa Casa de São Carlos, no interior de São Paulo.
“90% dos pacientes que nós tratamos tiveram uma melhora muito grande com relação à dor e ao aumento da funcionalidade, ou seja, nas suas ações diárias de caminhar, fazer atividades normais”, afirmou o pesquisador Antônio Eduardo de Aquino Júnior.
Agora, os pesquisadores esperam a liberação da Anvisa para comercializar o aparelho, o que deve acontecer até março de 2019. Só depois vai ser oferecido para o SUS. O estudo foi publicado em revistas científicas internacionais.
A dona Irma levou um tempo para se livrar da dor. Passou por vários tratamentos durante sete anos. Com a nova terapia, em um mês viu diferença. Recuperou o movimento do joelho e agora anda pela casa sem dificuldade. Bem diferente de antes.
O estudo foi publicado na modalidade de acesso aberto no periódico Nature Communications.
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