Divirta-se e ative seu cérebro!
Muitos acreditam que a prática de jogar videogame não seja algo muito saudável para os jovens. Alguns estudos já sugeriram que, para se divertir com os consoles, os jovens trabalham menos; ou ainda que a prática em excesso pode despertar sexismo nas crianças e adolescentes. Por outro lado, uma pesquisa afirmou que jogar contribui para formar melhores médicos. E quando a referência é a terceira idade? Especialistas consideram que há um ponto positivo para os ‘idosos gamers’.
Cientistas canadenses descobriram, em um estudo, que jogatinas diárias em plataformas 3D resultam, em adultos e idosos, no aumento de atividades dentro do hipocampo, parte do cérebro responsável pela memória. Assim, os resultados poderiam ser utilizados como estratégias de prevenção a problemas neurológicos surgidos após uma cerca idade, como o Alzheimer e outros tipos de demência.
“Nós e outros cientistas mostramos anteriormente que os jogos em plataforma 3D podem aumentar a matéria cinzenta de adultos mais novos. Buscamos, portanto, replicar esse efeito em adultos mais velhos e saber se o mesmo ocorreria, pois seria algo importante”, explica Gregory West – professor de psicologia da Universidade de Montreal e principal autor do novo estudo – ao Correio Brasiliense.
Foram recrutados 33 idosos – entre 55 e 75 anos – e divididos em grupos aleatórios. Enquanto uns receberam a missão de jogar videogames 3D por 30 minutos diariamente, em cinco dias por semana; outros ganharam a orientação de ter aulas de piano pela primeira vez na vida, com a mesma rotina. Já uma terceira parcela de pessoas não desempenhou tarefas e serviu de controle.
Após seis meses de experimento, os pesquisadores analisaram os resultados colhidos no início e ao final do estudo – por meio de testes de desempenho cognitivo e ressonância magnética (MRI). Desta forma, visualizaram as alterações em três porções cerebrais: o córtex pré-frontal dorsolateral (responsável por planejamento, tomada de decisões e inibição); o cerebelo (com função importante no controle e no equilíbrio motor); e o hipocampo (sede da memória).
Somente os membros do grupo que jogou videogame apresentaram aumento do volume de matéria cinzenta no hipocampo e no cerebelo, além de melhora na memória de curto prazo.
“O jogador precisa navegar em um ambiente virtual, confiando em um mapa cognitivo interno. Isso significa que a pessoa precisa confiar na própria memória interna do ambiente para navegar, em vez de, digamos, seguir pistas externas, como um sistema de GPS. Quando as pessoas formam um mapa cognitivo, usam o hipocampo. Isso pode explicar por que esse tipo de jogo promove o aumento da matéria cinzenta nessa estrutura”, analisa West.
Os que fizeram aulas de piano também mostraram aumento da matéria cinzenta no córtex pré-frontal e no cerebelo dorsolateral. No entanto, a evolução foi em menores proporções, quando comparados aos voluntários do videogame. Já o grupo controle teve sinais de atrofia nas três áreas do cérebro analisadas.
Fonte: Tudo Celular
O estudo foi publicado na modalidade de acesso aberto no periódico Nature Communications.
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