Praticar atividades físicas, ter amplo convívio social e manter a mente ocupada são algumas das dicas
Praticar atividades físicas, ter amplo convívio social e, principalmente, manter a mente ocupada são fundamentais para evitar a depressão na terceira idade. Cabe à família e às pessoas próximas, além do próprio idoso, prestar atenção em sinais que podem mostrar que, eventualmente, a pessoa está com a doença -- ou predisposta a ela.
A chegada da velhice pode afetar as pessoas de diferentes maneiras. "Acaba sendo uma mudança que não é muito fácil", lembra Caroline Brandolise Delanhesi, psicóloga parceira do hospital Santo Antonio, de Votorantim. Por isso, encarar a vida com leveza e bom humor pode ser vital para garantir a qualidade de vida. "Estar inserido no meio social e ter amigos e a família por perto ajuda muito a evitar o quadro depressivo", comenta a psicóloga. Até por isso, idosos que vivem em situações específicas, como hospitais e asilos, têm mais propensão à doença.
Assim, receber o carinho de quem está por perto é muito importante para o idoso. Isso vale especialmente para quem passa por uma mudança repentina, como a aposentadoria, por exemplo. Ainda que as atividades realizadas no momento não sejam as mesmas de antigamente, é necessário manter-se ativo e criar novas possibilidades -- até para compreender as mudanças naturais no organismo.
O convívio social e a prática de atividades físicas caminham em conjunto para proporcionar o bem-estar na velhice e, consequentemente, evitar ou diminuir os efeitos da depressão. "A atividade física é muito indicada. Além dos benefícios físicos propriamente ditos, ela proporciona também o convívio social, a oportunidade de estar com outras pessoas, de interagir", afirma Caroline.
E quem está perto do idoso tem a missão de, além de ajudar na prevenção e no combate à doença, ficar atento ao comportamento que possa indicar um possível quadro de depressão. Tristeza profunda e duradoura, desânimo, apatia e desinteresse pelas atividades estão entre os sintomas que precisam ser avaliados por um profissional. "A família pode ajudar muito nesse processo, para ter esse olhar mais cuidadoso. Não é porque a pessoa é idosa que ela precisa estar triste", resume a psicóloga.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul
O estudo foi publicado na modalidade de acesso aberto no periódico Nature Communications.
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