Dez dicas para uma viagem sem sobressaltos
Por Mariza Tavares
O setor de turismo para a terceira idade ainda engatinha no Brasil, mas já há empresas que se deram conta do potencial deste mercado e investem no segmento. Ainda não chegamos a um modelo como o Silver Travel Advisor, cujo slogan é “a voz dos viajantes maduros”: no site, além de um leque expressivo de ofertas, há fóruns de discussão, resenhas e artigos de jornalistas especializados. De quebra, tem uma revista e canal no YouTube. Mesmo que em sua cidade não haja uma operadora especializada, você pode checar se há pacotes para idosos. Ou então comprar on-line com uma agência que já tenha experiência em atender turistas mais velhos. Aqui vão dez dicas para tornar sua viagem mais tranquila e divertida:
1) Optar por uma excursão pode ser um ótimo meio de fazer amigos, além de não ter que se preocupar com reserva de hotel, meio de transporte, ingressos para atrações. Certifique-se de que o grupo vai ser homogêneo, caso não esteja interessado em viajar com casais com filhos pequenos e adolescentes.
2) Cheque se a agência que se intitula especialista em turismo para a terceira idade tem guias com treinamento especial. São profissionais capazes de atender às demandas de passageiros mais velhos (como, por exemplo, programar uma frequência maior de paradas de ônibus ou não exigir esforço demais em caminhadas). Mas cuidado: um bom guia é bem-humorado e prestativo, mas não deve infantilizar o idoso que viaja.
3) Aproveite para fugir dos preços salgados das altas temporadas. Em vez de viajar em férias escolares ou feriados concorridos, monte seu roteiro para quando os hotéis estão dispostos a dar bons descontos. E lembre-se que faz diferença hospedar-se durante a semana, evitando os valores mais altos do fim de semana.
4) Um pacote que ofereça pensão completa pode ser uma boa opção para evitar grandes deslocamentos, principalmente no fim do dia, quando quem é mais velho já está com as pilhas fracas...
5) Leve suas receitas, para o caso de perda ou extravio da medicação. Anote as informações médicas relevantes: remédios que está tomando, tipo sanguíneo, contatos telefônicos dos médicos e para quem se deve ligar numa emergência.
6) Confira se seu seguro de saúde tem cobertura nas demais regiões do país (em viagens internacionais, é obrigatório fazer um). Se viajar por uma operadora, certifique-se se o guia saberá acionar um médico. Veja se está com as vacinas em dia, inclusive tétano.
7) Ache um hotel que atenda às suas necessidades, principalmente se você tem alguma dificuldade de locomoção: escadas e lugares escorregadios acabam com a diversão de qualquer um. Apure se tem elevador e, em caso de dúvida, não espere retorno da agência e entre em contato com o hotel. Não tenha vergonha de perguntar e demandar, você está pagando!
8) Se tiver uma doença crônica que exija dieta com restrições alimentares, confira se a companhia aérea poderá atendê-lo – se não, leve sua refeição. No avião, evite bebidas alcóolicas e tome muita água. Fale com seu médico sobre a necessidade de usar meias de compressão, para evitar problemas de circulação.
9) Cuidado para não dar detalhes demais da viagem nas redes sociais. Eles podem servir de isca para ladrões aproveitarem a ocasião em que sua casa ficará vazia. Aliás, se tiver quem ocupe o lugar durante a sua ausência, melhor ainda.
10) Nenhuma cidade é 100% segura, sempre vale se precaver. No cofre do quarto do hotel, guarde passaporte, joias e dinheiro. E confira se ele está travado antes de sair. Num bar ou restaurante, não deixe a mochila aberta pendurada no espaldar da cadeira, nem a carteira cheia de notas à vista. Faça cópia do passaporte e anote o número dos cartões de crédito e os telefones de contato para cancelamento em caso de perda ou roubo.
Viajar significa sair da rotina, conhecer gente, se abrir para o novo, aprender. Seu cérebro vai agradecer.
O estudo foi publicado na modalidade de acesso aberto no periódico Nature Communications.
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