A inflação sentida pela população idosa desacelerou de uma alta de 1,38% no primeiro trimestre para um avanço de 0,50% no segundo trimestre
Por Estadão Conteúdo
A inflação sentida pela população idosa desacelerou de uma alta de 1,38% no primeiro trimestre para um avanço de 0,50% no segundo trimestre de 2017, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, acumulou uma alta de 3,51% em 12 meses.
Com o resultado, a variação de preços percebida pela terceira idade ficou acima da taxa de 3,44% acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que apura a inflação média percebida pelas famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos.
Cinco das oito classes de despesas tiveram taxas de variação menores. A principal contribuição para a desaceleração no segundo trimestre partiu do grupo Habitação, que passou de 2,02% no primeiro trimestre para 0,40%. O destaque foi a tarifa de eletricidade residencial, que recuou 2,46% no segundo trimestre ante um aumento de 5,76% no trimestre anterior.
As demais taxas menores foram registradas em Alimentação (de 1,12% para -0,94%), Educação, Leitura e Recreação (de 2,95% para 0,08%), Transportes (de 0,39% para -0,52%) e Despesas Diversas (de 1,51% para 1,16%), sob influência de itens como frutas (de 1,97% para -19,22%), cursos formais (de 9,19% para 0,00%), tarifa ônibus urbano (de 4,48% para 0,83%) e cigarros (de 1,72% para 0,00%).
Na direção oposta, houve aceleração nos grupos Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,74% para 2,70%), Comunicação (de -1,07% para 0,75%) e Vestuário (de -0,19% para 1,18%), com destaque para os itens medicamentos em geral (de 0,13% para 3,43%), tarifa de telefone residencial (de -3,75% para -0,22%) e roupas (de -1,09% para 1,58%).
O estudo foi publicado na modalidade de acesso aberto no periódico Nature Communications.
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