Com os avanços da medicina, tecnologia e mudanças positivas no estilo de vida, especialistas estimam que boa parte daqueles que hoje são adultos jovens vivam até os 100 anos. Mas a velhice que iremos viver não é a mesma que vemos hoje, e como será muito m
LONGEVIDADE
Práticas e atitudes para uma vida longa e saudável
Imagem: TommL/IStock
Giulia Granchi
Do UOL VivaBem, em São Paulo
21/11/2018 18h03
Durante o 13º Fórum da Longevidade da Bradesco Seguros realizado nesta quarta-feira (21), em São Paulo, Denise Mazzaferro, mestre em gerontologia pela PUC-SP, apresentou, baseada no livro 100-Year Life (Vida de 100 Anos, em tradução livre), as tendências que vão mudar nosso futuro:
Além da necessidade de renda pelas despesas de uma vida mais extensa, o trabalho traz o sentimento do pertencimento social, um dos pontos de extrema importância para que os idosos se sintam úteis e mantenham-se ativos.
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Exercer novas funções e usar a criatividade não deve ser um privilégio exclusivo dos jovens. Com as mudanças no mercado de trabalho, muitos cargos deverão ser extintos, e pelo desejo de continuar trabalhando, os idosos também deverão se reinventar.
Ao contrário do que acreditavam as gerações anteriores, uma boa reserva financeira não será sinônimo de uma velhice feliz. Identidade e propósito e um longo plano de vida serão essenciais para os “novos” idosos.
A separação de infância, vida adulta e velhice será substituída por diferentes estágios por vida, que não serão ditados cronologicamente --as ações deverão ser tomadas de acordo com o momento mental de cada indivíduo. Não será incomum, por exemplo, um adulto voltar para a faculdade após os 50 anos, tendência que já começamos a ver atualmente.
O medo de mudanças é outra característica que deve ficar no passado. Levando as preferências da juventude para a terceira idade, os idosos das próximas gerações não terão tanto apego à estabilidade em diferentes áreas da vida.
Em vez de procurar atividades para simplesmente ocupar a mente, no futuro, os idosos se recriarão para continuar produzindo e contribuindo com a sociedade.
Para a tal adaptação citada previamente, diferentes habilidades e conhecimentos (mesmo aqueles que não tem nada a ver com a sua área profissional), aumentam o leque de oportunidades para o futuro.
Ligações por vídeo com filhos e netos e até a saída de casa mais cedo serão normais nos próximos anos. No trabalho, a tendência é que pessoas de diferentes idades ajam em conjunto em uma mesma equipe, juntando a experiência com ideias modernas.
Os preconceitos deverão diminuir, e a tendência é que tabus sejam quebrados, criando experiências mais independentes para idosos e até mudando o foco das relações monogâmicas.
De acordo com pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva, o maior medo de 25% dos adultos com mais de 50 anos é sentir-se feio. Felizmente, para o grupo que compartilha dessa opinião, os avanços tecnológicos e até mesmo na forma de consumo de alimentos e produtos deve contribuir para uma aparência mais jovem em comparação aos familiares de gerações passadas.
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